As pneumoconioses representam um grupo de doenças causadas pela inalação e acúmulo de poeira nos pulmões, que acarretam uma reação granulomatosa pulmonar. O processo fisiopatológico inicia-se quando a poeira inalada atinge o parênquima pulmonar, atraindo células fagocitárias e de defesa para o local, ocasionando a liberação de substâncias quimiotáxicas e também fibrogênicas, dando início à lesão silicótica, constituída por camadas de tecido hialino, que tem de permeio quantidade razoável de poeira.
Cada pneumoconiose recebe um nome particular, de acordo com a poeira inalada, representada por talcos, sílicas, asbesto, ferro, estanho e tantas outras poeiras minerais. Sendo assim, a doença causada por sílica chama-se silicose, asbesto – asbestose, ferro - siderose, estanho - estanhose, talco – talcose, e cada uma delas recebe um código na Classificação Internacional de Doenças (CID).
A principal pneumoconiose no país, do ponto de vista epidemiológico e de Saúde Pública, é a silicose, causada pela exposição à poeira de sílica livre ou dióxido de silício (SIO2) em sua forma cristalina.
A prevalênca da silicose continua elevada em certos ramos de atividade profissional, como mineração em geral, metalurgia e cerâmica de porcelana e pisos, pela dificuldade de se eliminar a exposição à poeira nesses ambientes de trabalho. Essa dificuldade está relacionada a diversos fatores interdependentes, como: baixo nível de investimento financeiro em controle ambiental dos processos de trabalho (exaustão, enclausuramento de máquinas, pesquisa de novas matérias- primas, etc.
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